domingo, 7 de setembro de 2008

CARTA ABERTA

Requerir indenizações sucumbiu aos sentimentos e relações sem sucesso. Se eu cobrasse indenização por cada sentimento aniquilado meu, estaria rica e bem de vida...

Como se pedir indenização pelo fracasso fosse algo que me fira ou me puna por uma culpa que não me pertence. Tenho muita pena dessas pessoas, elas têm problemas consigo mesmas, são pobres de espírito e fracas. Fatalmente não conseguirão ser amadas de verdade e serão infelizes para sempre, apenas fingindo superficialmente a felicidade.
Não prosperarão no trabalho porque sempre terão esse sentimento de vingança vinculado ao menor fracasso e não seguirão em frente para conseguir o melhor.
Serão pessoas derrotadas, não aceitarão uma pequena derrota em uma batalha, implodindo assim uma guerra interna onde afundarão cada vez mais.
Não me despertarão raiva ou qualquer outro sentimento, porque pessoas assim não se dignam a sentimentos, são fadadas ao desprezo e a insignificância.
Se um dia precisarem de mim, ao invés de não estender a mão, estenderei sim, com muito gosto e com um sorriso largo irônico no rosto, para que fique bem claro a sua irrelevância e a relação de dependência que tens por mim e pelo mundo.
Não pisarei em ti como barata, porque até as baratas merecem respeito. Deixarei que seja tragado pelo próprio abismo que foi cavado pelo teus próprios pés.
Quando morreres, irei ao seu enterro com um lindo ramalhete de rosas vermelhas vivas, só para lembrar que viver não lhe faz mais parte. Abraçarei sua mãe e irmãos e não derramarei sequer uma lágrima. Não derramo mais nada de mim para você.
Lembro-te que já não és mais importante para mim, tão pouco essencial. Tenho outros planos na vida e projetos na qual já não fazes parte.
Aliás, vá procurar outra vida porque essa não lhe pertence mais.

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