sábado, 25 de outubro de 2008

A PAIXÃO QUE DESTRÓI

Não poderia deixar de comentar a tragédia (mais uma) que chocou o país nas últimas semanas. O seqüestro em SP de duas jovens, pelo ex-namorado de uma delas, e que não teve um bom desfecho.
Sempre que vejo notícias desse tipo, e olha que não é um fato isolado, fico pensando o que leva alguém que diz, supostamente amar, tirar a vida de outra pessoa. Que paixão destrutiva é essa?
Minha mãe, do alto de sua ignorância, diz que a culpa são dos pais, por permitirem que se iniciasse um namoro tão prematuro aos 12 anos com um rapaz de 19 anos. E que a culpa seria da própria menina, por dar confiança e por não se portar adequadamente como uma "moça de família", com o devido respeito. Alguém deveria alertar para minha mãe que até mesmo as putas têm família e vieram de uma mãe e um pai. Mas deixa isso para lá, o que minha mãe vocifera não é para ser levado a sério.
O certo é que nunca podemos prever que uma pessoa aparentemente normal e eqüilibrada, com boa índole e trabalhadora, de uma hora para outra se transforme em um monstro diante de uma negativa amorosa. Existem muitos casos assim, apesar de não saber se realmente esse rapaz tinha uma boa índole mesmo. A mente humana é terra de ninguém, não sabemos o que se passa.
O curioso é observar que tudo gira entorno de relacionamentos amorosos e namoros mal acabados. Os casos de violência doméstica, que são muitos, começam pelo parceiro, ora por ciúmes, ora por traições e desconfianças, ora por término de relacionamentos. E o mais espantoso é que mais de 90% dos casos de violência passional é cometida por homens enraivecidos com seu orgulho ferido. Conclui-se daí, que, definitivamente, os homens são criaturas frágeis psicologicamente e incapazes de aceitar um não e refazerem sua vida, e tomam a mulher de POSSE como se fosse sua propriedade eterna. Pois é, muitos homens são assim escondidos sob a pele de cordeiro ou por "distúrbios mentais".
Mas eu concordo também que as mulheres têm sua parcela de culpa, ao não denunciar e aceitar as primeiras agressões ou mudanças de comportamento, por medo ou dependência. Acham os ciúmes exagerados do parceiro coisa 'normal de quem ama', não percebendo os limites do ciúme doentio, que priva a liberdade e oprime.
A agressividade e a intolerância amorosa não é privilégio das classes mais baixas, apesar de ter uma maior concentração. A relação "macho dominante" pode ser notada em todos os níveis sócio-econômicos e em outros países e culturas. Aliás culturas que pregam desde sempre a dominação da mulher.
Em um trecho das negociações, o seqüestrador declara que tinha "planos de ter uma casa, uma família, um carro... e que tiraram isso tudo dele". Acabou por SUA própria culpa, ninguém tirou isso dele a não ser ele mesmo. Ninguém disse que teria de ser com ela, poderia ser com outra.
Então, agora fico me perguntando, por que as pessoas insistem em fundamentar suas vidas encima dos relacionamentos amorosos? Como se esse fosse o pilar principal, a coisa mais importante a ser realizada. Colocam a vida amorosa em primeiro plano, como algo a ser alcançado a todo custo e se algo não for como planejado, há a frustração, a tristeza, o sentimento de derrota e incapacidade de ser feliz com qualquer outra coisa, e o que antes era, supostamente, amor, transforma-se em ódio.
Para que hipervalorizar somente um setor da vida? Não digo que amar não seja importante, todos nós, no fundo, buscamos ser amados e amar. Mas existem outros tipos de amor, o amor familiar, a paixão profissional, amor das amizades e o amor à saúde. Não precisamos ficar presos só a um tipo e nem condicioná-lo a nossa felicidade. Eu não quero a paixão que destrói.

domingo, 19 de outubro de 2008

FALE AO MOTORISTA SOMENTE O INDISPENSÁVEL

Já mencionei o quanto estou intolerante com pessoas e suas atitudes ultimamente?
Tenho refletido muito, ficado em silêncio, espreitando as pessoas e avaliando a postura que quero ter diante da vida e dos fatos. Tenho percebido nessas minhas reflexões, que tenho dado muita confiança a quem não deveria e tenho sido muito 'boazinha' e 'tolerante', o que dá margem para que as pessoas achem que vou sempre tolerar seus devaneios.
Mas não mesmo. Chega a um ponto em que você pára para pensar: "- Mas o que está acontecendo aqui? estou fazendo papel de boba."
É, sou sincera ao assumir uma parcela de culpa, afinal eu "dei corda" para fazerem isso comigo. Eu permiti que agissem comigo, como agem com os outros, que riem, acham graça e deixam para lá. Não impus limites.
Nunca, jamais e em tempo algum levante seu tom de voz comigo e coloque o dedo em riste na minha cara seja você, quem for. Ainda mais tratando-se de um estranho e em posição inferior. Se é esse seu tom normal de voz, acho melhor analisar uma maneira de abrandá-lo, pelo menos ao falar comigo, já que os outros não se importam, acham que é natural de sua personalidade, da sua origem nortista, de sua condição humilde, acham engraçado. Mas comigo, a resposta será dada na mesma altura.
Porque não costumo levar desaforos para casa ou seja lá para onde for. Desaforos já bastam os que tenho que aturar em casa. Não tenho sangue de barata, tenho sangue vermelho quente correndo nas minhas veias. A minha aparência ostenta fragilidade mas é só mera ilusão.
E não me venha depois dar uma de vítima e de arrependido pedindo desculpas. Não as aceito. Nem adianta dizer que perdoar é nobre, é Divino. Eu, enquanto terrena, não perdoo. Cansei de perdoar. As pessoas se acostumam a falar ' a palavrinha-mágica-que-mamãe-ensinou' enquanto pequenos, como se isso reparasse todos os seus erros e pecados. Mas não se habituam a pensar antes de agir e falar. Já bastam as chances que dou e relevei. Não reclame, se falo e não surte efeito, eu canso. Aliás, me canso muito rápido, também já disse?

Mas valeu a lição, mais uma que vamos aprendendo durante a vida.
"Quem se junta aos porcos, farelo come".

Agora minha postura e filosofia empresarial será baseada nas das empresas de ônibus: 
"Fale ao motorista somente o indispensável".

domingo, 12 de outubro de 2008

DIAS DE CHUVA E SOL

Que dias são esses que têm feito na cidade do Rio de Janeiro desde que a primavera chegou? Está mais para outono/inverno que para primavera. Instabilidade total.
Ora o sol aparece e creio que fará um dia lindo, ânimo total. Em questões de minutos, horas, o sol se vai e nuvens carregadas chegam trazendo pancadas de chuva. O calor aumenta. Logo em seguida a chuva cessa. Indícios de tempos ruins no dia seguinte. Que nada! O sol volta a brilhar. Até quando? Não se sabe.
Assim como não temos certeza do dia de amanhã, temos que viver o instante do agora enquanto o sol estiver brilhando. Porque existem coisas que fazemos com sol e que não podemos fazer com chuva. E não podemos ficar esperando mais um dia de sol...

sábado, 11 de outubro de 2008

SESSÃO PREGUIÇA

Sábado preguiça. Eu sei que tenho que atualizar isso aqui. Até tenho textos escritos, mas a disposição me falta.
 Deixa eu ficar aqui só mais um pouquinho, tá?

sábado, 4 de outubro de 2008

A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA

Frase clichê que estamos acostumados a ouvir mas que tem um fundo de verdade. Por mais irrelevante e apressada que possa parecer a primeira impressão que você transmite para as pessoas é aquela que vai te marcar por um longo tempo, principalmente se essa impressão foi negativa.
Conheci algumas pessoas há algum tempo que não tiveram para mim uma boa primeira impressão. Seja por atitudes ou palavras, ou até mesmo por aquele sexto sentido, aquela cisma, que não sabemos explicar de onde vem. 
Sempre que isso acontece comigo, tento não me levar pelas aparências das circunstâncias, pois a soma das atitudes seguintes, com a convivência e um pouco mais de contato, se esse for o caso, é que vai revelar que tipo de pessoa há ali. Afinal um encontro não é suficiente para pré-julgar ninguém.
Pois, eis que justamente, a soma das atitudes de algumas pessoas agora não estão me agradando. Pessoas essas que já não me cativaram no primeiro encontro e que me chamaram a atenção por algo negativo, apesar de ter tentado uma aproximação isenta de opiniões e julgamentos precipitados, sincera e de coração aberto. E alguns acontecimentos e fatos hoje só vieram confirmar e reforçar meus motivos de desconfiança e a minha cisma inicial. Eu não estava de todo enganada, são pessoas volúveis.
Lamento que muitas pessoas não conheçam 0,001% de minha pessoa e vida no contexto geral dela, desdenhem ou critiquem, em cima do muro, alguns erros e atitudes que em alguma parte da vida delas já cometeram semelhantes. Esqueceram de olhar o rabinho de fora do muro. Deveriam ter senso de auto-crítica. Mas informo já de imediato, que a carapuça em mim não serviu e quem sabe ela não serve em você, basta experimentar. Já falei, nunca diga "dessa água não beberei". Brasileiro tem memória curta mas eu não tenho.
Também descobri, e isso já faz tempo, ainda bem!, que o melhor a fazer aos ignorantes e "achistas" de plantão é o desprezo. Não espere muitas palavras minhas e nem tanta importância. Me canso rápido de pessoas chatas e vazias. Um dia já até cansei de mim, ora! O que dirá dos outros. Só digo uma coisa: nunca me subestime.

Entendeu ou preciso ser mais direta?